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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

nº 79 Novo documentário de Lukas Santiago.

O amigo Lukas Santiago vai presentar o seu novo documentário o dia 20 de fevereiro, às 20 horas, no Teatro Principal de Ponte Vedra. Titula-se “Galeg@s Universais. Historias do mar”, e trata de entrevistas realizadas a gentes do mar, concretamente a José Santiago Pazos, María Miranda García e María de las Nieves García Cid, e Manuel López Souto.

Deles o autor diz que são:

“Galeg@s, porque son persoas nas que desborda a sabiduría popular, que representan o espírito do pobo galego, a fala, a retranca, as lendas...

Galeg@s, porque son portadores da cultura tradicional galega, rural e mariñeira, últimas testemuñas dese mundo que xa non volverá...

Universais, porque son persoas anónimas, que non soen ter a palabra, pero que teñen moito que contar... e son especiais, aquí i en Australia...

Universais, porque coñeceron unha época de pobreza, de carencias... na que seguen a vivir no presente a maioría dos seres humanos do mundo...

Historias do mar porque son persoas do mar, desa cultura mariñeira que moldeou a alma das xentes da nosa costa durante séculos...

Esta é unha homenaxe a tod@s eses galeg@s universais, que ninguén coñece, pero que tod@s coñecemos...”

Lukas Santiago


Podeis ver o trailer aqui.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

nº 71 O'Neixón, historia viva dun castro.

O próximo dia 16 de outubro, sexta feira, às 20:00 horas, teremos a oportunidade de ver no meu cole, o C.E.P. Xosé María Brea Segade de Taragonha, o documentário O'Neixón, historia viva dun castro. Além de desfrutar do filme teremos a oportunidade de conversar com dois dos seus autores, o director Lukas Santiago e o guionista Xurxo Ayán, arqueólogo do CSIC.


Já falarei do filme pelo miudo, mas recomendo que nos visiteis e vejais este formoso filme onde se amostra não só uns monumentos ou uns restos arqueológicos, senão o património humano e paisagístico dum lugar, Cespão, por outro lado tão igual a qualquer outra das nossas aldeias marinheiras. Especialmente recomendado não apenas a afeiçoados a arqueologia, senão também à antropologia cultural das gentes do mar.

sábado, 19 de setembro de 2009

nº 66 Fernando Lopes Graça


Os adeptos à minha religião temos muito poucos santos a quem rezar. Eu peço a meu pai, santo patrão, que me transmita a sua habilidade para demonstrar tanto amor incondicional à sua família; a Castelao, meu modelo de patriota e artista e a Fernando Lopes-Graça, para que me ilumine com o seu dom de músico e pedagogo.

Este verão pude ver uns quantos documentários que recomendo fervorosamente sobre Castelao e Lopes-Graça, os meus santarrões.


Lopes-Graça, um documentário de Graça-Castanheira.

Graça Castanheira é o autor duma fita que foi passada pela RTP 2 e cujos protagonistas principais são amigos e parentes do autor de Marchas, Danças e Canções e do mítico A Canção Popular Portuguesa. Dele possuo uma dezena de livros com os seus artigos sobre música académica, folclore, biografias de músicos famosos que são a obra dum Lopes-Graça músico, português e comunista, quiçá por esta ordem.
Para os não iniciados nesta personagem cimeira da cultura portuguesa, o filme faz um esboço muito interessante da sua biografia, porquanto junto com pequenos trechos das suas obras, escutamos falar a gente que o tratou tanto como músicos ao seu serviço, como no âmbito doméstico. O guião está cheio de afectos, de cumplicidades, de comentários a jeito de confidência, etc.
Eu gosto imenso do mestre de Tomar, como compositor para grande orquestra ou para pequenos, às vezes pouco habituais, grupos instrumentais. Mas destacaria o seu labor como arranjador de melodias tradicionais para massa coral, na interpretação dos Coro da Academia de Amadores de Música ou para piano, nas mãos lisboetas de Olga Prats.

No transcurso do documentário teve a vontade de desenhar um rascunho sobre o velho mestre, feito com tudo o respeito de quem o admira devotamente.

Castelao e os irmáns da liberdade, de Xan Leira.

Esta é uma fita obrigada para quantos amamos este país. Editada no ano 2000 é a primeira das produções do multifacético documentalista argentino Xan Leira (Bos Aires; 1955), cuja obra fílmica presenta a dia de hoje os seguintes títulos:

- Castelao e os irmáns da liberdade. 2000
- Memorias dun neno labrego. 2002
- Alexandre Bóveda, unha crónica da Galiza martir. 2004
- Viceversa. 2005
- Crónica de pizarra e xiz. 2006
- Atila en Galicia. 2006
- Exilios: Lorenzo Varela. 2006
- Patagonia, utopia libertaria. 2006
- Historias de vida. 2006
- Lembranzas e reflexións de Isaac Díaz Pardo. 2007
- Crónicas da represión lingüística. 2008
- Galegos en Lisboa, a historia xamais contada. 2009

O filme tem muitos atractivos como são escutar a Teresa Castelao falar do seu irmão, a intelectuais galeguistas como Illa Couto, Pousa Antelo ou Granell e um bom feixe de imagens históricas da Galiza. Eu fiquei muito impressionado ao ver as imagens em movimento de Castelao ou a sua voz falando em castelhano para a colectividade uruguaia.

Documentários como os de Graça Castanheira e Xan Leira oferecem-nos uma biografia visual de grandes personagens da nossa história, num formato atractivo não só para os adeptos senão para ser usados com fins pedagógicos e propagandísticos. Além das afinidades ideológicas com Castelao ou Lopes-Graça, a sua obra artística e literária é tão absolutamente universal que é imprescindível continuar a brigar pela sua difusão e conhecimento. Assim seja.

sábado, 25 de abril de 2009

nº 37 O moinho das azenhas

O filme Divinas palabras, de José Luis García Sánchez (1987), tem quando menos uma cena gravada na Ilha de Arousa. Trata-se duma foto fixa do Moinho das Azenhas, enquanto no trilho Ana Belén e Milhadoiro interpretam Nube de algodón.

Divinas palabras é mais que recomendável por ver no cinema um texto de Valle Inclán, pelos actores, Echanove e Victor Rubio extraordinários, pela ambientação, pela música, etc. Já falarei de algumas incoerências, curiosidades e demais secretos deste filme. Agora, desfrutemos do formoso fotograma das Azenhas.

Fotograma do filme Divinas Palabras.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

nº 03 Meu cinema 1





Aldeia da Roupa Branca, é um filme de Eduardo Chianca de Garcia (14 de Maio de 1898 - Rio de Janeiro, 28 de Janeiro de 1983). Foi estreada em 1939 e relata a história das disputas entre as famílias do Tio Jacinto e a viúva Quitéria. Quando a vi, fiquei admirado com a cena inicial na que Beatriz Costa canta acompanhada do coro de lavandeiras, ajoelhadas fronte ao rio Doiro. Todo o filme é uma alegoria da luta entre a cidade e a aldeia. Neste quadro de costumes, os velhos carroceiros negam-se a abandonar as suas viaturas de tração animal, e só é no remate que aparece um moderno caminhão. A cidade é a terra dos perigos, do fado, das más companhias, no entanto que a aldeia é o canto popular, a gente trabalhadora e honesta.

Numa outra cena antológica, os patrões transportadores, contratam suas respectivas bandas de música para as festas da aldeia. Entram desfilando em direção contrária pelo largo principal, até investir uns com os outros e dar começo a uma grande briga.

É um filme para não perder.

Aldeia da Roupa Branca
Beatriz Costa
Composição: Raul Portela, G. Chianca, A. Curto

Ai rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes,
Ai põe-nos cor de prata.

Roupa no monte a corar
Vê lá bem tão branca e leve
Dá ideia a quem olhar
Vê lá bem que caiu neve

Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, traga a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.

Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol. (BIS)

Ai rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes,
Ai põe-nos cor de prata.

Olha ali o enxoval
Vê lá bem de azul da esperança
Parece o monte um pombal
Vê lá bem que pombas brancas

Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, traga a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.

Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol. (BIS)

Ai rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes,
Ai põe-nos cor de prata.

Um lençol de pano cru,
Vê lá bem tão lavadinho,
Dormimos nele, eu e tu,
Vê lá bem, está cor de linho.

Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, traga a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.

Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol. (BIS)