Faz algum tempo fiquei impactado por uma nota de imprensa que dizia:
"Por no saludar la efigie del Caudillo en un cine de la Coruña cuando se proyectaba en la pantalla al tiempo de ser interpretado el Himno Nacional, fué detenido y conducido a la Comisaría de Vigilancia el vecino de la Isla de Arosa Jesús Picón Conde, de 29 años de edad, zapatero, residente accidentalmente en La Coruña.
Al ser llamado la atención a Jesús Picón por un agente de policia se insolentó con él."
El Compostelano, Santiago de Compostela, segunda-feira 30 de Agosto de 1937
No livro Historia da Illa de Arousa, de Xoán Dopico e Xosé Lois Vila Fariña, conta-nos como um irmão de Jesús morreu a mãos dos fascista submergido no mar da Arousa. Também no compostelano aparece o nome de Manuel Picón Conde, quiçá irmão dos anteriores, por ser declarado prófugo no recrutamento de 1933.
Eram, pois, uma família de contestatários, decididamente anti-sistema, dos que podemos tirar muitos ensinamentos.
Da Guerra Civil e dos anos do medo ainda fica muito por saber e aclarar. Brindo este espaço para quem queira ir resgatando fragmentos, tal como eu faço, perpetuando uma memória quase esquecida.
Pelo de agora vaia a minha homenagem aos Picón Conde e deixo aqui os nomes de ilhéus moradores dos campos de concentração francês, onde puderam ter coincidido com o meu tão admirado Eduardo Martínez Torner.
GARCÍA CASTELO, Francisco Campo de refugiados de Argelès sur Mer na França.
GUILLÁN ABALO, Alfonso Campo de refugiados de Argelès sur Mer, Vernet d´Ariège e no de Barcarès na França.
OTERO CUDEIRO, Juan Dios Campo de refugiados de Argelès sur Mer na França.
Fonte: Repertorio biobibliográfico do exilio galego: Unha primeira achega, Consello da Cultura Galega. 2001
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