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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

nº 150 O neno e o velho

É sabida a minha admiração por Manuel António, quase diria que devoção por aquele que foi mestre de poetas, navegante profissional e músico amador. Gostava da sua poesia e agora estou louco pela sua prosa a qual chegou a nós graças ao volume editado para a R.A.G. por Xosé Luís Axeitos.
O trabalho do académico rianjeiro é fantástico, presentando-nos os textos tal como os escreveu no seu dia Manuel António e com breves notas eruditas, e não mais das necessárias.
Suponho que hei tornar a esta publicação para dar a minha opinião sobre os textos manuelantonianos, mas hoje, próximos ao dia de defuntos, quero publicar um conto gráfico, abusando dum texto extraído deste volume de prosas, concretamente da página 63, por se alguém quer consultar o texto completo e na grafia original.


Para quem quiser o pdf: aqui

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

nº 138 Oximoro


Oximoro

Sou a parte do teu corpo que passa frio
quando te deitas ao meu lado.
©rjais

domingo, 10 de junho de 2012

nº 137 Manuel António


                                 Agasalho bicromo para Teresa e Dália,
                                  com Manuel António ao fundo.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

nº 136 A Câmara de Ugia XIII

CADEIRAS
I

II

 III

IV

Fotos: Ugia Pedreira ©; Desenho: Orjais ©


sábado, 19 de setembro de 2009

nº 66 Fernando Lopes Graça


Os adeptos à minha religião temos muito poucos santos a quem rezar. Eu peço a meu pai, santo patrão, que me transmita a sua habilidade para demonstrar tanto amor incondicional à sua família; a Castelao, meu modelo de patriota e artista e a Fernando Lopes-Graça, para que me ilumine com o seu dom de músico e pedagogo.

Este verão pude ver uns quantos documentários que recomendo fervorosamente sobre Castelao e Lopes-Graça, os meus santarrões.


Lopes-Graça, um documentário de Graça-Castanheira.

Graça Castanheira é o autor duma fita que foi passada pela RTP 2 e cujos protagonistas principais são amigos e parentes do autor de Marchas, Danças e Canções e do mítico A Canção Popular Portuguesa. Dele possuo uma dezena de livros com os seus artigos sobre música académica, folclore, biografias de músicos famosos que são a obra dum Lopes-Graça músico, português e comunista, quiçá por esta ordem.
Para os não iniciados nesta personagem cimeira da cultura portuguesa, o filme faz um esboço muito interessante da sua biografia, porquanto junto com pequenos trechos das suas obras, escutamos falar a gente que o tratou tanto como músicos ao seu serviço, como no âmbito doméstico. O guião está cheio de afectos, de cumplicidades, de comentários a jeito de confidência, etc.
Eu gosto imenso do mestre de Tomar, como compositor para grande orquestra ou para pequenos, às vezes pouco habituais, grupos instrumentais. Mas destacaria o seu labor como arranjador de melodias tradicionais para massa coral, na interpretação dos Coro da Academia de Amadores de Música ou para piano, nas mãos lisboetas de Olga Prats.

No transcurso do documentário teve a vontade de desenhar um rascunho sobre o velho mestre, feito com tudo o respeito de quem o admira devotamente.

Castelao e os irmáns da liberdade, de Xan Leira.

Esta é uma fita obrigada para quantos amamos este país. Editada no ano 2000 é a primeira das produções do multifacético documentalista argentino Xan Leira (Bos Aires; 1955), cuja obra fílmica presenta a dia de hoje os seguintes títulos:

- Castelao e os irmáns da liberdade. 2000
- Memorias dun neno labrego. 2002
- Alexandre Bóveda, unha crónica da Galiza martir. 2004
- Viceversa. 2005
- Crónica de pizarra e xiz. 2006
- Atila en Galicia. 2006
- Exilios: Lorenzo Varela. 2006
- Patagonia, utopia libertaria. 2006
- Historias de vida. 2006
- Lembranzas e reflexións de Isaac Díaz Pardo. 2007
- Crónicas da represión lingüística. 2008
- Galegos en Lisboa, a historia xamais contada. 2009

O filme tem muitos atractivos como são escutar a Teresa Castelao falar do seu irmão, a intelectuais galeguistas como Illa Couto, Pousa Antelo ou Granell e um bom feixe de imagens históricas da Galiza. Eu fiquei muito impressionado ao ver as imagens em movimento de Castelao ou a sua voz falando em castelhano para a colectividade uruguaia.

Documentários como os de Graça Castanheira e Xan Leira oferecem-nos uma biografia visual de grandes personagens da nossa história, num formato atractivo não só para os adeptos senão para ser usados com fins pedagógicos e propagandísticos. Além das afinidades ideológicas com Castelao ou Lopes-Graça, a sua obra artística e literária é tão absolutamente universal que é imprescindível continuar a brigar pela sua difusão e conhecimento. Assim seja.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

nº 32 A estética do si

Ando, desde já faz muito tempo, a voltas com isso que pudéramos chamar a filosofia do si. Depois de ler muito, escutar muito, olhar muito o que fazem os outros, chega a etapa em que precisas descobri-te, inventar-te, dar-te a conhecer a ti mesmo.

Por isso eu considero que muitos blogues não são o fruto dum exibicionista que oferece as suas idiotices a um público em potência, senão, mais bem, um modo de amostrar-se um a si mesmo de que pasta está feito.
Tinha dúvidas se publicar os meus rascunhos temeroso de que alguém pudera estar a olhar por um furadinho, mas cada um de nós somos essa difícil equação entre o que criamos e o que destruimos, independentemente da qualidade do feito ou desfeito.
Quando vi a rapariga da fotografia da Estampa, postagem nº 31, fiquei namorado dessa cara de pessoa nascida em liberdade. Se tivesse que descrever como era a Ilha antes da anexação, mostraria o rostro desta menina e ficaria calado. O meu rascunho tentava recolher essa magia e fazê-la minha, coma num antigo ritual para roubar-lhe a alma.
Sei que não é um grande desenho, mas como diria Michel Onfray: «Um filósofo-artista que fracasa é mais grande que um membro do rebanho que trunfa.»