domingo, 24 de fevereiro de 2019

nº 229 Antolorjia do Barão de Orjais.


A Mariña Longa –moça a que além de querer muito como afilhada, admiro imenso como artista– lembrou-me os ditos e saberes que um dia recompilei da obra completa do meu mestre, o Barão de Orjais. Baixo o título Antolorjia do Barão de Orjais fiz um brevíssimo percurso pela obra do único aristocrata com permissão para pôr um pé na minha Ilha. Seria impossível poder abarcar em apenas uma dúzia de  páginas todo o que aprendi deste homem, mas é suficiente para entender o seu génio incomum e a sua incessante busca do ideal estético. 
Um dia, maravilhado pelo uso que lhe dava ao cérebro, ofereci-lhe a minha Ilha para solar da sua baronia. Chateado repreendeu-me: –O meu feudo é o amor cortês. 
Desfruta, leitor ou leitora, do seu legado: a palavra dum homem que foi, a partes iguais, romântico, hedonista e ateu, é dizer, um shandy dos nossos. 


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