domingo, 11 de fevereiro de 2018

nº 216 Faustino Rei Romero no Castelo de Sobroso


Foi na sede da Academia Galega da Língua na Corunha que por vez primeira, o meu grande amigo Alejo Amoedo, mostrou-me este extraordinário documento. Ele era consciente do importante que para mim é Faustino Rei Romero, ao que li e cantei com admiração e respeito pela sua singular existência. 
Padre durante o franquismo, Faustino teve de combinar o peso da sotana com a sua militância galeguista e o seu compromisso cristiano-social. Foi dionisíaco, mais que apolíneo, hedonista, antes que estoico, e ai reside, para mim, o seu grande valor: amar a vida presente. 
A película pertenceu ao fundo documental do Castelo de Sobroso e do seu proprietário e restaurador Alejo Carrera Muñoz, sendo resgatado dum antiquário pelo pianista e colecionista Alejo Amoedo, quem o mandou digitalizar para a sua exibição pública. A ele devemos e agradecemos poder ver estas imagens na atualidade.
Entre as pessoas que aparecem na película distinguimos a Alejo Carrera Muñoz (1893-1967) vestido com o uniforme da Ordem de Santiago e a Espada, da que era oficial, a Celso Emilio Ferreiro e a Faustino Rei Romero. Com certeza, entre os restantes atores da curta, há pessoalidades da nossa cultura ainda por identificar que com o tempo e a colaboração dos usuários da rede iram tendo nome e apelidos. 

Ficha técnica:

Faustino Rei Romero no Castelo de Sobroso.
Todas as imagens são do arquivo particular de Alejo Amoedo.
Data da gravação da película: ca. 1957
Música original: Ondas do mar de Isorna.
Autor e intérprete: José Luís do Pico Orjais.
Técnico de som: José Lara Gruñeiro.
Produção: –Abuim Road– Abuim, Rianxo.


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