sexta-feira, 17 de junho de 2011

nº 114 Como em Irlanda.

Faz uns anos compus uma peça para uma obrinha de teatro que fizera com as crianças do meu colégio. Não é grande coisa mas tem a magia de estar feita na companha duns grandes músicos, César Longa e Xosé Ameneiro. Foram parceiros meus em Leixaprén e continuam a ser grandíssimos amigos.
Está hoje aqui porque também existe a música do si, a música que fazemos para falar com nós próprios, sem pretender o aplauso ou o afago de pares ou peritos. Quando fizem as primeiras notas de Como em Irlanda, pensava que os versos de Branhas eram utópicos, que aqui jamais ia passar nada e que um dia seriamos destruidos definitivamente. Tive vontade de ser mestre para educar resistentes, meninos que de adultos tiveram na sua voz palavras galegas e no seu coração o orgulho de existir numa pátria que fosse sua. Hoje já não sei qual é o meu sítio ou se há um lugar para mim.
Mas todavia fica a música, boa ou má, para a evasão ou a saudade, pano de bágoas ou pura comedia.






3 comentários:

Tero disse...

O teu sítio é qualquer, porque ali onde esteas tudo é melhor.

Carlos disse...

Gostaríame que no meu sítio houbese persoas coma ti ......

José Luís do Pico Orjais disse...

Obrigadíssimo, Carlos, sempre atento.