O dezasseis de abril de 1937 eram assassinados na Caeira, Narciso Suárez Lojo e José Besada Nieto. O ano passado cumpriam-se setenta e cinco anos da tragédia, uma data que ficou, como tantas outras, definitivamente na desmemória.
Existem algumas páginas que dão listas dos represados, tal como a magnífica http://vitimas.nomesevoces.net/, na qual podemos ler os nomes de nove vizinhos da Ilha de Arousa justiçados. Estes são, alem dos acima citados, José Búa Laredo, Luis Castro Lojo, Marcelino Dacosta Bravo, Santiago Otero Pajares, Juan Sanes Otero, Antonio Sanes Otero e Francisco Vázquez Vázquez.
Curiosamente, as páginas da memória dão conta de todas estas vítimas inocentes, mas são escassas aquelas que citam aos membros da Guardia Cívica ou da Falange nos anos do terror. Se fazemos memória que seja com todos os dados ou quando menos com aqueles que são públicos.
Achego uns recortes de jornais que foram tirados de internet. Não precisam de comentário, só duma leitura histórica e sossegada. Contudo, permitir-me brevemente dar a minha opinião. Estamos numa época na que se estão a recuperar espaços que pertenceram a fabriqueiros, fomentadores, industriais de origem catalão os quais, supostamente, trouxeram o progresso às nossas rias. É óbvio que não se pode generalizar, que houve muitas gerações, diferentes épocas e circunstâncias, mas é frequente encontrar os seus apelidos entre os quadros repressores. Façamos memória.
Recomendo a leitura de PEREIRA, Dionísio Loita de clases e represión franquista no mar (1864-1939), Vigo: Edicións Xerais; 2010.
El Pueblo Gallego 31/12/1936
El Pueblo Gallego 07/07/1937
El Pueblo Gallego 09/10/1937
2 comentários:
Así é Pepe. Sempre identificara aos conseveiros cataláns co progreso. Desconocía esa implicación activa co réximen. Bo traballo.
Obrigado, Manu. Há tanto que dizer do acontecido na Arousa e na Galiza naqueles anos... Eu fico a espera de que além dos nomes das vítimas vaiam aparecendo os dos vitimários. Abração.
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