quarta-feira, 21 de maio de 2014

nº 184 Decálogo de Manuel Antonio


Antologia arredista e sentimental de Manuel Antonio.

DECÁLOGO 
de
MANUEL ANTONIO

I

Ti, Rodolfo Cruceiro, que eras tão galego, tinhas que ser, como bom galego, multiforme e omnímodo. PROSA p. 65 

II

Madrid, poço negro de todos os resíduos da península. PROSA p. 136 

III

Diferença entre um galego e um espanhol: ser ou não ser. PROSA p. 207 

IV

Estrangeira por estrangeira vale mais uma fala de Europa que a da Meseta. PROSA p. 140

V

Nos prostíbulos já sabem/ que a nossa moeda/ tem o anverso de ouro/ e o reverso sentimental. POESIA p. 117

VI

Topei um Alquimista/ que queria fazer terra/ e não tinha mais que ouro. POESIA p.178

VII

A mim dá-me pena cada casa nova que se faz em Rianjo. Eu quisera que todos lhe tivessem o respeito que eu lhe tenho. Não são capazes de enxergar esse desejo que ele tem de seguir sendo sempre como sempre, sem novidade. Se eu tivesse muito dinheiro havia mercar Rianjo para metê-lo debaixo dum imenso fanal e deixa-lo assim. CORRESPONDÊNCIA p. 202

VIII

A aventura espanhola. Mas falas de Espanha? Cuidado que és fúnebre. Eu não che digo nada disso, porque não gosto de fazer brincadeira dos mortos. CORRESPONDÊNCIA p. 108

IX

Uma das coisas que mais me fazem odiar todo castelhanismo é o lento assassinato que comete com todo o nosso, e cujo exemplo mais patente é a fala. CORRESPONDÊNCIA p.100 

X

Todo passa, e alguma hora chegará que quiçá abonda para justificar uma vida sem rumo. Por enquanto, recomendo-te que sejas galego, é dizer, humorista. CORRESPONDÊNCIA p. 136



BIBLIOGRAFIA:

- Manoel-Antonio, Correspondencia III; edición, limiar e notas de Domingo García-Sabell. 
Vigo : Galaxia, 1972. CORRESPONDÊNCIA

-Obra completa / Manuel Antonio ; edición e notas de Xosé Luís Axeitos Agrelo. 
[A Coruña] : Fundación Barrié : Real Academia Galega, D.L. 2012 PROSA.

- Poesía galega completa / Manuel Antonio ; edición de Xosé Luís Axeitos
Barcelona : Sotelo Blanco, D.L. 1992 POESIA.



1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bom, meu...

Apertas

Ernesto