quarta-feira, 10 de abril de 2013

nº 160 micropoema


Pedi conselho a Walser
para fazer um poema que de tão diminuto
- após introduzido nas veias -
o sangue o transportara 
a cada canto do teu corpo.

Mas os poemas crescem
fazem-se tão grandes como folhas de papel, 
como paredes,
como muralhas chinesas.

Por isso és tu agora
a que deambula
- tão livremente -
pelo interior dos meus poemas.

texto e desenho: ©rjais 2013

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