sábado, 1 de setembro de 2012

nº 143 Graffiteiros do passado IV

IV

O Campo das Graneiras de Meiquiz é um lugar extraordinário, não só pelo seu valor etnográfico e estético intrínseco, senão pelo grande potencial que tem como espaço singular para a celebração de eventos ou actividades didácticas relacionadas com o conhecimento das graneiras, as suas variedades e os seus usos.
Desde um espaço amplo, onde devia estar a eira de malhar, podes contemplar os espigueiros, caboços, graneiras, piornos, hórreos, que de todas estas formas, e alguma mais, se lhes denomina, com a curiosidade de que praticamente todos espécimes que contemplamos pertencem a um género de graneira diferente, estando alguns feitos de madeira, outros de pedra, outros mistos, também de tijolo, havendo-os com cepa, com claros... em fim, um parque temático do hórreo galego.
Para mim é uma matéria pendente saber mais deste Campo das Graneiras, e quiçá no curso que começa me aplique com especial atenção. Hoje quero deixar constância no meu blogue dum descobrimento para mim inquietante, como cada vez que me encontro com um destes graffitis do passado, difícil de interpretar, mas tão doado, ao mesmo tempo, de especular sobre o seu significado!
O gravado está sobre uma pedra nos limites do Campo das Graneiras de Meiquiz. A pedra deveu pertencer a uma construção agora desmontada, quiçá um hórreo? De momento nada sei, e tal vez nunca saibamos a sua colocação certa, mas sim podemos desfrutar da sua beleza esquemática e comparti-la por se alguém pudera dar alguma dica a seguir.
Trata-se dum desenho inscrito num quadrado de lados que pretendem ser iguais, duns 30 cm de comprimento. No interior há uma cruz truncada pela parte superior e cujo haste inferior, sempre na direcção da fotografia, está sobre um pedestal em forma de «m». No canto inferior esquerdo há um ponto e no lado direito um arco em forma de com um apêndice no centro semelhante a um mamilo.
Poderíamos qualificar este desenho como uma marca de propriedade ou uma marca de canteiro, mas ambas as duas hipóteses como mera sugestão, pois como digo, careço de qualquer informação adicional.


Por último, sobre tudo a um possível leitor de Ilha de Orjais indígena de Meiquiz ou de Or, qualquer informação sobre a pedra será de agradecer. 

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